sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Conto do 23.

Esse fato aconteceu em uma cidade muito distante, mas muito distante de mim e próxima de você...

No ano de 1994, no dia 5 de Janeiro

Já estava de madrugada, Lia e Rebeca voltavam de mais uma farra.Como sempre estavam bêbadas, mas livres de fiscalização já que nessa hora as ruas sempre estão desertas.Ótimo para quem está voltando embriagado há 100 km por hora.Sem nenhuma das duas esperar o carro começa a falhar, um barulho e outro...Maldita lata velha.Xingava Lia a que vinha dirigindo, coitado do carro não tinha culpa nenhuma, só parou por falta de gasolina.Responsabilidade da Rebeca, mas ela sempre esquece de encher o tanque.Mas tudo bem não devem está longe de casa agora.

Lia olhou no relógio, faltava vinte e três minutos para as três da madrugada.Não tinham dinheiro algum para voltar de táxi, teriam que voltar a pé.

Os jovens são interessantes, que linda cena de amizade se passava agora na rua Padre Macedo.Duas amigas bêbadas, uma se apoiando na outra andando de madrugada para casa.Uma bela lua cheia amarelada iluminava a noite fria.As duas eram branquinhas, rosto angelical. É claro que chamaria atenção de qualquer ser vivo do sexo masculino que passasse por ali.Mas nessa hora não tinha um ser vivo naquela rua, ser vivo...

De repente Rebeca sente um calafrio e comenta para a amiga que está sentindo um mau pressentimento.Caída no chão começa a choramingar, deveria ser só mais uma crise por está bêbada.Depois de vomitar umas cinco vezes seguidas ela se sentiu melhor, notou que a noite estava realmente muito fria.Abraçou Lia com força para roubar algum calor da companheira.As duas fecharam os olhos...Por uns vinte e três segundos.Quando abriram, a rua estava diferente, as cores estavam em um tom amarelado.Não estava tão frio assim e parecia de manhã.Será que ficaram por lá esse tempo todo?Parecia apenas segundos.Concordaram em seguir em frente.Andaram alguns passos, agora vinham pessoas andando para lá e para cá.Aqueles seres todos mecanizados indo para seus trabalhos ninguém notava as duas.O efeito da bebida parecia ter passado.Nenhuma dor de cabeça, sem tontura.O que estava acontecendo?Algo fora do comum, mas nem tanto, finalmente.Um homem com aparência cansada e irritada vinha na direção delas.Parecia um mendigo...No outro lado da rua uma criança andava solitária.Com um vestidinho amarelado se elas estiverem bêbadas ainda, estariam vendo um anjo. É claro que é melhor mudar de canto da rua, quem queria ficar perto do velho com cara amarrada enquanto tem uma criança de aparência agradável no outro lado?Rebeca se aproximou da menina.O que ela faria de manhã sozinha na rua?Manhã?

-Oi, eu não estou sozinha.Estou com vocês.Menininha grande você tem um dedo engraçado, parece quadrado.Isso não é bom sabia?Papai sempre ensinou que a forma perfeita é o triangulo.Deixa eu olhar melhor para o seu dedo.

A menina pegou no dedo da Rebeca, ele realmente tinha um formato meio que quadrado.A garota de amarelo tinha um toque frio, colocou a mão no bolso do vestidinho e tirou uma coisa brilhante.Era um punhal!Rebeca não conseguia se mexer apesar de não ter tentado.Era apenas uma menina e linda.Calmamente ela começou a moldar o dedo indicador da garota, em forma de triangulo.Um triangulo perfeito.A menina dava um sorriso largo e toda a rua ouvia sua risada alegre e exagerada.Comum de criança, mas como no começo.Ninguém percebia nada ou não ligava.Elas estavam mesmo ali?Realmente amanheceu?Ou estavam apenas dormindo?Apenas alguns segundos depois que Rebeca sentiu dor, seu dedo estava vermelho e a lâmina do punhal brilhava de vermelho vivo.Lia não ficou parada, chutou a cabeça da menina com tanta força que devia ter quebrado a pobre coitada todinha, choramingava: Eu só queria brincar. –Ao ver a cena a agressora arrependeu-se de tal fato e foi pedir desculpas.Acariciando a cabeça da menina.

-Que bom que você quer brincar comigo. – disse a criaturinha macabra e com a força de um demônio golpeou-a com o punhal e “escreveu” um vinte e três em seu abdômen e como ele ardia!O que era aquela garota?Ser estuprada por um velho mendigo seria melhor do que aquilo.

-Arco-íris, colorido, nuvem branquinha, cabeça de vento vem pegar a lembrancinha.Atravessa a rua e fala comigo eu sou bonitinha.Pedrinhas plim, vem brincar de pintar.- era essa música que a menina de vestido amarelo cantava enquanto brincava com as suas mais novas amigas.As aparências enganam, agora sentir na pele o que é isso deve ser diferente.O amadurecimento de um jovem deve ser mais rápido assim.Loucura não?Talvez seja sem sentido o que eu acabei de contar.Mas a humanidade é sem sentido, acredite se quiser.Eu não acredito, até porque estou longe da cidade.Pena que ela está perto de você.

7 comentários:

Anônimo disse...

Eh...
realmente, tão perto que o meu dedo que antes estava quadrado, após eu pegar um punhal ficou triangular i.i

AUHAUHAUHuhauhAUHauh
não tah sem sentido, hermes...
ficou tão legal *-*
parabens :D

o/
;***

Anônimo disse...

macabro!

o que iria acontecer se elas fossem para o lado do ''mindingo''?

Anônimo disse...

ALA ALA ALA PURIFIQUE ESSA POBRE ALMA OHH ALA!!!SALVE ALA!!!

Me lembrei disso em algum lugar,AUAhuuhauhauhaa bem o texto ta meio vejamos..macabro e feliz,só devia ter aparecido mais o véi fodaum(que naum fez nada)

Anônimo disse...

já descobri o que eu vou ser quando crecer? *-* uma pessoa criativa que neem o tio hermes? o/
XDDDDDDD
té domingo beijos te adoro?

Unknown disse...

gostei 8D
clima de terror 8D

nice (H)

Unknown disse...

uhhh, que rox *-*~~
amei *-*

tá bem macabro o_o
deu medo T_T~~
Sorte que meu dedo é... redondo? õ_o"

Anônimo disse...

adorei a historia e realmente faz sentido jugamos as pessoas pelo o q elas aparentam ser e naum pelo u q elas realmente sao, talvez o vei da historia so fosse pedir esmola o.o