quarta-feira, 17 de junho de 2009

Vida longa e próspera / Final

SOBRE A MUDANÇA DE NOME DO BLOG:
A minha querida e única namorada Emily resolveu ajeitar o visual do meu blog, mas como ela está sem internet e em fim de semestre na escola, não encontrou muito tempo para terminar as coisas. Em breve tá terminando, e estaremos aí com um novo visual.
SOBRE O TEMPO SEM POSTAR:
Diversos fatores como a conspiração das máquinas contra mim e a preguiça. Olha, o final não foi caprichado não, estou sem vontade de terminá-lo. Talvez mude depois, mas sei não. É um diário e eu não posso mudar a verdade de um,então aceitem sem chorar.






15 de agosto
19 horas
Jesus, o que aconteceu? Roberta está morta. Não consigo acreditar. A sensação de que é apenas um sonho não sai de mim. Eu queria que fosse um sonho. Por um momento achei que minha vida mudaria, que tudo seria diferente. Mas casa nova, vida nova não existe. Não para mim.
Ela está morta. Gelada.
16 de agosto
Não quero falar da família dela, nem da minha. Tenho uma sensação estranha, como se eu devesse alguma explicação para o meu diário, como se ele fosse um ser vivo pedindo informação, querendo saber o que aconteceu. E é por isso que vou explicar.
Ontem, quando saí, nem lembro direito o que fiz. Na verdade só caminhei e corri. Quando cheguei em casa tomei um banho, pois estava sujo. Céus, o que estou fazendo? Explicando para um diário. Já não sei como explicar tudo. Mas tentarei com calma. Depois do banho encontrei Roberta no mesmo local, deitada. Gelada como da última vez. Analisei minha esposa detalhadamente. E algo estranho estava acontecendo com ela, não percebia nenhum sinal de vida. Então me certifiquei o que eu já esperava – mas não acreditava!
Sem respirar, sem batimento cardíaco, sem vida. Inerte.
Foi aquela maldita, não foi? Ela voltou dos mundos dos mortos para levar a filha. Vadia! Tirou de mim, tirou de mim o que eu mais amava. Ela não suportou por perder para um desconhecido, não suportou a filha amar um homem. Uma velha asquerosa que não queria deixar a filha viver. E tenho certeza que foi ela que levou meu amor para sempre, levou sim.
17 de agosto
Ontem foi tão movimentado, psicologicamente, que esqueci de mencionar mais uma explicação. Me mudei novamente, não moro mais no apartamento. Também, não poderia suportar, lembraria de Roberta a todo instante – não que aqui seja diferente...
Minha casa nova é cheia de gente, sempre tem uns caras de branco me dando remédios e sopas. O que não significa dizer que esteja gostando, pretendo fugir em breve. Não aguento mais os choques.
Entenderam? Choque toda semana. Só porque me dão comida se acham no direito de torturar. São uns filhos da puta mesmo.
18 de setembro
Acho que descobriram meu diário

2 comentários:

Giovana disse...

ahahaha... gostei do final!

Emily Nhinhinha disse...

Ahá, sobre o que eu disse de ficar conversando com o diário, hãn?! Daqui a pouco ele pede pra explicar de novo AYSGYSE
Mas poxa, morrer assim de repente, deve ser chocante. Ele deveria ter dado mais atenção a ela, sei lá, ela deve ter morrido de depressão mesmo.
Morando num hospício agora, certeza! O lado bom ele disse: remédio, casa e comida de graça, mas em compensação...
E esse fim, nossa, parece que você achou o diário dele e postou no blog pra divulgar, sabe, alguma coisa assim, como essas correntes de internet que falam que são "fatos reais".