Nossa, como faz tempo que não posto aqui! Bom, não devo satisfação a ninguém, então vamos ao que interessa: estou transformando esse espaço aqui para colocar crônicas, sem mais, vamos a ela:
Sexta-Feira 16
Eu odeio o Dia, todo esse sol pestilento, todas essas pessoas correndo por todos os lados freneticamente em direção aos seus trabalhos, casas ou o que seja. Era esse o pensamento que me acompanhava em minha volta para casa. Esse cheiro de asfalto queimado penetrando minhas narinas. O sol insistente buscando atenção... maldito grande-astro mimado.
Um turbilhão de carros rasgam a rua, milhares de máquinas poluidoras que expelem esse cheiro desgraçado de morte. Perco o tempo, quanto tempo fiquei ali esperando?Gotículas de suor escorreram da minha face desgastada. Fico imaginando como é que estaria o meu semblante agora, talvez engraçado. Agora sim eu entendia porquê amava tanto a noite, o motivo de venerar a Lua.
O tédio e cansaço se mesclam tão bem em uma tarde em Fortaleza que fica difícil distinguir quem é quem. Eu já estava quase gritando de ódio ( sem mesmo nem entender qual seria a razão de estar odiando aquilo tudo) quando apareceu-me aquela imagem.Como queria uma câmera fotográfica para registrar aquilo.O céu todo azul como sempre, sem graça, mas além jazia um reino de nuvens.Brancas e majestosas! Flutuavam com graça a tarde chata daquele dia. Aguçando a vista, via um conjunto de nuvens que se destacavam, parecia uma grande torre de algodão doce, aquilo me deu cede. Queria poder admirar tão magnífica paisagem da natureza, mas não podia, tinha que ir para casa. Não seria louco em parar ali na rua e ficar olhando para cima, até porque não estava com vontade de ser tostado pelo sol, sem contar que tinha minhas obrigações no dia. Minha vida está escorrendo em direção ao tempo do desconhecido e não posso nem admirar uma reles paisagem proporcionada por nuvens e um pedaço patético de céu!
Prefiro acabar isso por aqui, poderia gastar linhas e linhas descrevendo o que vi. Talvez nem tenha sido tão belo assim, talvez seja uma coisa simples, mas meus olhos que estão acostumados a ver apenas miséria, asfalto, prédios ridículos ou o que seja pitoresco de uma cidade, que quando olham para um castelo de nuvens se surpreendem.
Aqui da janela posso ver ainda o céu, mas ele não tem nenhum reino branco, apenas estradas de nuvens, mas estradas lembram carros e disso eu já estou de saco cheio.
Um comentário:
Cara, comentando pra sair do zero! ehruheuhe
Típica crônica de quem não tem costume com ela! heurheurhuehre
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