segunda-feira, 14 de julho de 2008

Sem nome

A flor que brota em meu coração,
Que se abre para receber um raio de sol,
Logo estará murcha e morta.

O sorriso que nasceu na tua face
Por causa de um simples olhar,
Logo se desmanchará em mágoas.

O beijo molhado que demos hoje mesmo,
Um dia, não será mais do que uma lembrança,
Ficará no mesmo lugar do que as dores.

A melancolia que sinto agora, o amor que me arde,
O sonho que vou ter amanhã, a briga que teremos,
Tudo, tudo vai se acabar.

A inspiração poética que você me concede se findará,
Talvez algum dia eu não tenha coragem nem de te olhar,
E mais um amor seja morto.

Os ventos da mesmice vai consumindo tudo, arrastando
A energia que só existia em outrora, e as coisas vão caindo.
As rimas não existem mais.

E um dia, a lembrança de tudo que amei, do que escrevi,
Do que vivi, de toda uma vida: do meu amor por ti,
Deixará de existir, não me lembrarei de nada.

Um comentário:

Anônimo disse...

sem palavras...