quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Flor do Mangue

De pó, lágrima e suor
Juntei o meu sangue
Ao amor moldado e maior
Fiz nascer uma flor no mangue
- do meu coração

Já nascida, arranquei-lhe
Do peito forrado de flores
Gritou ao som de tambores:
Tens uma lacuna aí, telhe
- dizia a canção

O espaço era necessário ao feitiço
Pois já olhava para mim teus olhos
de truvão* negro que tanto cobiço
É o sacrifício não visto por lóios*
- é preciso

Ajoelhado - agora- a te admirar
Ofereço essa Rosa vermelha
que faz nossas almas flutuar
Guardei meu amor em uma corbelha
- pelo nosso juízo

Meu peito ficará aberto
Veja por dentro como é
O coração de alguém coberto
Do faforifo* teu, minha mulher
- nossa junção.

*1 - Originalmente trovão, duh...
*2 - Palavra portuguesa, estou usando para denominar pessoas leigas.
*3 - Neologismo sem sentido aparente para os lóios.

3 comentários:

Thiago César disse...

welcome back!

CA Ribeiro Neto disse...

Massa, a poesia, se tivesse inscrito-a no concurso, eu teria votado nela!

Não vejo sentido em faforifo, acho que sou um lóio!!!
\o/

Agora só falta postar nas quintas!
Abraço

Anônimo disse...

Raiou o Silver!!!!!

Inda bem que voltou!! e com grande estilo!! \o/