A Guerra dos Tupinambás contra Pero Coelho e o churrasco de jesuíta
Parte I – O primeiro Ataque
Esta história ocorreu
Há bastante tempo atrás
Nas terras ermas do sul
Ninguém pisara jamais
Neste solo da América
Português não tinha paz
Mas quiseram ignorar
O perigo do Siará
Pero Coelho cá chegou
E não conseguiu ficar
Escravizou e maltratou
Os índios tupinambás
Os brasileiros de vera
Não desistiram da luta
Vendo o seu povo escravo
O Cacique invocou a luta
Com amores e bravura;
A missão bandeira surta.
Para essa Bandeira tinha
Uns duzentos e um frecheiros
Guaraguinguiras e outros
Aliados dos presepeiros.
Depois de muita batalha
Venceram os bons guerreiros
A Terra dormiu lacônica
E o homem branco tropeça
Na missão de se lucrar.
Então a vida começa
A ser como era antes deles;
O Cacique faz promessa:
- Sei que o nosso fim está
Mui próximo de existir
Mas nenhum dono daqui
Fugirá sem persistir
Porém morreremos antes
De o falso império surgir.
Parte II
Em 1607
A Companhia de Jesus
Com a missão catequética
Em nome Senhor Jesus
Abençoava o etnocídio;
Trazê-los para a boa Luz
O Padre Luis Figueira
Líder dessa missão
Tinha como seu ajudante
Outro padre, nem canhão
Quiseram levar pra cá.
E haja muita boa oração
O Padre Francisco Pinto
Era o seu ajudante mor
Ávido foi catequizar
De repente estava só
Seu companheiro fugira
A missão virara pó
Tupinambás furiosos
E Tocarijus em fúria,
Resgate aos seqüestrados
Final para a tertúlia
De Jesuítas bem loucos;
Para as índias: luxúria
Não se sabe quem foi
O Demônio desprezível
Que desonrou a filha nova
Do bom Cacique infalível
Mas Figueira escapou rápido
E Pinto era comestível
Não se sabe se foi e foi
Canibalismo e vingança
Ou antropofagia de preito
Sabe que foi comilança
De senhor Francisco Pinto
Prato nobre da festança
Bem intencionado ou não
Talvez não exista culpa
Torpe e errada é a imagem
Que querem passar na cúpula
O banquete antropofágico
Quadro que a imagem estupra
Hei de terminar agora
Essa curtinha história
Revi os valores deixados
Mudando a mui pouca glória
Esperada dos humanos.
Superemos essa estória.
2 comentários:
essas poesias cultas num sao pra mim nao...
:(
mas q tah bem feita, tah!
"E Pinto era comestível" - olhe... heurheurhueruher
Me dá uma coisa estranha ler poesia sem pontuação...
Mas, discordo do Cabeça, quando ele diz que a poesia é culta. Tem suas partes sérias, mas eu rí bastante! hehehehe
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